A automação residencial tem sido cada vez mais inserida nos projetos arquitetônicos como tecnologia acessível ao mesmo tempo, que facilita a vida das pessoas. A crescente demanda aliada a clientes exigentes torna as casas atraentes e os profissionais mais antenados com as novas tendências arquitetônicas.

Dizem que quem experimentou a vida num espaço automatizado não sente vontade de retornar ao sistema tradicional. O dia a dia inteligente tem se integrado cada vez mais a rotina da população, que está em busca da automação residencial objetivando conforto, facilidade e segurança. A conveniência de controlar tudo com um toque usando apenas um celular inteligente ao sair de casa é um investimento interessante e desenvolve novas soluções para projetos arquitetônicos na atualidade.

O que antes era visto como um privilégio para construções mais sofisticadas começa a ser inserido nos projetos construtivos graças ao acesso com o aumento de produtos no mercado, preço dos sistemas e custo flexível. A automação residencial através de dispositivos inteligentes começa a ser incorporada nas construtoras para se diferenciar no mercado da construção civil. Esse caminho permeia a profissão do arquiteto, que insere ao projeto arquitetônico elementos que acompanham essa tendência nas construções de residências com dispositivos inteligentes.

Tomadas elétricas, luzes com sensores de presença, sistemas de aquecimento e refrigeração, portas, janelas, detectores de fumaça, câmeras de vigilância, tudo integrado num sistema com cronograma ajustado a horários e dias. Na automação residencial, sistemas complexos transformam necessidades básicas descomplicando a vida através de dispositivos acessíveis por celulares, tablets e computadores. É a era da vida inteligente!

O arquiteto irá somar o design adequando-o à automação residencial tornando a residência com alto desempenho adaptada a um sistema doméstico inteligente que permite o controle da iluminação, temperatura do ambiente, travamento de portas, abertura e fechamento de cortinas, entre outras facilidades trazidas pela automação. Projetos arquitetônicos aliados a automação residencial apresentam melhor desempenho quando estão conectados à infraestrutura da obra.

4 motivos para usar a automação residencial

  1. Tempo – Ganhe tempo para realizar outras tarefas enquanto a tecnologia pensa por você. Em países desenvolvidos a automação residencial é uma realidade conhecida para quem deseja otimizar o tempo. Geladeiras conectadas a internet, por exemplo, podem listar os produtos que faltam e realizar uma compra online para solucionar uma atividade doméstica simples, mas que demanda tempo.
  2. Economia – Na era digital, os aplicativos de monitoramento fazem o mapeamento dos gastos com energia facilitando a economia doméstica. Com a tecnologia através de sensores, equipamentos são capazes de identificar e processar informações e executar os comandos de forma automática. O investimento a longo prazo proporciona economia. Iluminação inteligente e termostatos, por exemplo, ficam conectados a central do sistema que pode ser automático ou programado como forma de controlar o consumo de energia reduzindo o desperdício.
  3. Segurança – A coleta de informações feita por dispositivos conectados no espaço externo e interno de uma residência permitem, que os sensores de movimento processem o momento em que os usuários estão presentes ou não no espaço automatizado travando portas, portões e deixando em modo de espera alguns dispositivos. A inteligência artificial da automação também serve como alerta de segurança ao detectar possíveis problemas de curto-circuito, acionamento de alarmes, entre outras ameaças, assim como reconhecimento facial em que o sistema avisa em mensagem quando um desconhecido quer acessar sua residência e se você deseja que as portas permaneçam trancadas ou não.
  4. Mobilidade facilitada – Pessoas com mobilidade reduzida, deficiências ou doenças que prejudicam sua atividade motora podem ter a vida auxiliada pela automação residencial. Acionar interruptores sem precisar tocá-los através de sensores de movimento fornecem segurança e independência para esse público. Equipamentos de saúde como medidores de pressão arterial, de nível de açúcar no sangue e até acionamento de resgate também podem ser incorporados aos sistemas trazendo tranqüilidade aos familiares que podem acompanhar o estado de saúde de pacientes com essas vulnerabilidades.

Porque arquitetos devem incluir a automação residencial em seus projetos?

A capacidade de projetar uma residência que atenda a todas as exigências dos clientes dentro de um orçamento desejável é uma das habilidades do arquiteto para ofertar soluções de design que se adeque ao perfil do cliente. A tecnologia de automação residencial exige novas habilidades do arquiteto na implementação dessa tecnologia inteligente. Uma empresa especializada no assunto atuando em conjunto com o arquiteto trará a especificidade necessária para equipar a construção incorporando as facilidades ao projeto arquitetônico. Além disso, as residências tornam-se mais valorizadas, atraentes e trazem um diferencial à atuação do arquiteto.

O momento certo para incorporar a tecnologia ao projeto é na fase de planejamento na etapa do desenvolvimento do design, antes de finalizar as plantas já que os projetos exigirão espaço para instalação de terminais e sistemas. Montar estruturas para posteriormente adicionar reparo para implementar cabos ou redesenhar o projeto para instalação de um sistema pode ser complicado e oneroso. O arquiteto pode fazer cotações gratuitas e, posteriormente, procurar uma parceria com empresa que já usa a tecnologia de automação residencial. Mas antes de se associar, consulte as certificações que a empresa possui, credenciamentos em órgãos do setor e depoimentos de clientes satisfeitos para evitar qualquer imprevisto de instalação.

Parâmetros que devem ser seguidos pelo arquiteto na automação residencial

Interface

A comunicação é um ponto importante. Escolher o hardware adequado para envio de mensagem entre o usuário e o dispositivo é requisito básico levando em consideração o tamanho da residência, sistema, alcance e facilidade de uso. Interface pela internet conectada a uma rede doméstica ou Bluetooth pelo celular? Qual topologia deverá ser usada para a comunicação entre as centrais? Tudo isso deve ser levado em consideração.

Níveis de segurança

Tornar o sistema seguro para que possa ser facilmente modificado também é necessário. Componentes que possam ser acessados diretamente e facilidade na compreensão de dados que se comunicam com outros dispositivos impedindo que intrusos invadam o sistema é outro requisito importante.

Sensores

O arquiteto precisa se orientar sobre o sensor correto para execução de cada tarefa nos diferentes ambientes em que serão usados avaliando as especificações de acordo com cada necessidade. Os sensores são os responsáveis por trazer informações para decidir sobre quando serão ou não ativados como por exemplo, sensores de luz, de ar condicionado, de vazamento de gás, funcionamento de todos os eletrodomésticos, entre outros.

Custo

A complexidade do sistema determina seu custo e, consequentemente, no design. Escolher um sistema que pode integrar vários componentes pode reduzir o custo geral.

As tecnologias estão cada vez mais acessíveis e o arquiteto que incorporar a tendência da automação residencial em seus projetos arquitetônicos pode se tornar um especialista e conquistar uma considerável fatia do mercado consumidor.