As teorias com base em pesquisa de design de interior busca entender o relacionamento entre as pessoas e seu ambiente, com as interações entre propriedades materiais e o espaço que está sendo projetado. Desde o início do século 20, quando estava apenas começando a despontar como uma profissão, o design de interiores mudou drasticamente.
Atualmente, os designers criam espaços com capacidade de antecipar nossas necessidades envolvendo também nossas emoções, mas através de um conjunto de conhecimentos técnicos e habilidades capazes de projetar, planejar espaços utilizando materiais, cores, texturas, além de obedecer requisitos estruturais nas questões de saúde e segurança. Portanto, espaço, iluminação, acústica, layout, mobiliário, detalhes arquitetônicos e até a qualidade do ar, nos influenciam.
A neurociência afirma que as pessoas respondem intuitivamente a ambientes e que existem efeitos no nosso bem estar. Embora esse vínculo entre design de interiores e emoções tenha ganhado mais força atualmente, este segmento da psicologia é milenar para quem se lembra da tendência Feng Shui amplamente divulgada há pouco mais de uma década. Pesquisas no âmbito da neurociência podem demonstrar que a capacidade dos elementos de design de interiores evoca respostas emocionais positivas ou negativas nas pessoas. Essas descobertas possibilitam projetar espaços, que conscientemente manipulam elementos decorativos com objetivos diversos como a criatividade, tranqüilidade e até felicidade.
Elementos de design que colaboram com o seu bem estar!
Cores
Objetos bem humorados, cores em tons vibrantes podem incentivar nosso bom humor. Tons escuros promovem sensação de algo sombrio ou sinistro, mas tudo depende do espaço e do local apropriado. Numa festa temática, tons escuros antes percebidos como intimidadores, podem se tornar confortáveis. Na psicologia das cores tudo é possível: tons vibrantes convidam ao contato social e a comunicação. Cores quentes remetem a criatividade e as cores em tons como azul, verde água e outros desta linha podem incentivar a tranqüilidade.
Iluminação
A iluminação natural é sempre a melhor escolha porque está ligada a sensação de felicidade, assim como o número e o tamanho das janelas. Afirmam os especialistas, que a luz natural também auxilia no desempenho humano e suas respectivas atividades profissionais.
Espaço
O tamanho do espaço de uma sala, por exemplo, e a altura do teto também influencia o humor do usuário com a noção de liberdade ou confinamento. É a percepção e cada um com base no subconsciente. Espaços verdes ou com plantas também melhoram o humor e, consequentemente, o stress.
Decoração
As texturas e os formatos do mobiliário de uma residência também produzem respostas emocionais. Um tapete felpudo traz sensação de conforto, enquanto elementos decorativos promovem independência ou sinalizam força e estabilidade. Equilíbrio na decoração e simetria do mobiliário assim como os materiais utilizados permite fluidez demonstrando crescimento pessoal.
Ergonomia
A ergonomia é importante para aliviar a ansiedade e desconforto físico, principalmente em escritórios ou qualquer espaço onde há desenvolvimento de tarefas. A cadeira correta incentiva a postura e reduz eventuais dores fornecendo conforto e maior produtividade.
Como projetar espaços saudáveis?
Os designers de interiores determinam o tamanho dos espaços internos e sua organização, bem como a seleção dos materiais, móveis e acessórios, que afetam diretamente a saúde e o bem-estar das pessoas levando em conta iluminação, sistemas ambientais, cores e outros atributos como pisos, tetos, acabamentos e objetos relacionados ao espaço. Elencamos três dicas importantes de como projetar espaços saudáveis.
1. Paleta de cores
comece pela paleta de cores. Ela definirá a aparência geral do seu projeto aliando estética a concentração de tons que vão enriquecer o ambiente e permitir a sensação adequada ao espaço físico proposto. Para residências, recomenda-se que seu subconsciente faça-o se sentir menos estressado e mais relaxado. Num escritório, as cores influenciam no nível de produtividade.
2. Descarte
Dependendo do ambiente, se é novo com móveis antigos ou se necessita de reforma, mas possui bom mobiliário é o momento de se perguntar qual elemento manter no espaço e o que deve ser retirado para manter a harmonia na convivência das pessoas naquele espaço. Antes de fazer o descarte se pergunte: esse objeto me traz sensação de alegria? Customizar peças antigas e colocar novos acessórios com cores também trazem a sensação de mudança e do novo para o espaço.
3. Uso do local
Um lindo projeto com um trabalho de design do espaço interior de revista nem sempre é um bom negócio para todos os cliente. Por isso, a primeira coisa que o profissional deve saber é como o interessado pretende utilizar o espaço diariamente. Espaços são funcionais e devem ser adaptados às suas necessidades. Sala de ginástica, para reunir a família, ideal para festas, íntimo ou minimalista, o que importa é adaptá-lo ao seu estilo de viver. Isso traz satisfação.
Ao interagirem com a psicologia, os designers de interiores podem estimular as pessoas através do seu trabalho ao projetar lares felizes e escritórios harmônicos promovendo saúde e bem estar criando uma atmosfera ideal para cada tipo de ambiente e atividade exercida em qualquer tipo de espaço. Este é um desafio intrigante que pode restaurar vidas e dar maior relevância à profissão.
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