Durante a COP 26 realizada em Glasgow, na Escócia, o ministro de Tuvalu, uma ilha no Pacífico, realizou seu discurso com os pés na água. Literalmente.
Para chamar atenção para o risco iminente da ilha desaparecer por conta da elevação do nível dos oceanos, o ministro transmitiu sua fala diretamente do mar.
A elevação do nível dos mares considera, além do derretimento das calotas polares e de neves e geleiras em regiões frias, a dilatação da água devido ao seu aquecimento.
A imagem do político em meio às águas rodou o mundo e produziu o efeito esperado: chamou mais a atenção para o debate sobre as mudanças ambientais e seus impactos sociais e econômicos.
Emissões zero
A demanda por mudanças, então, tem se ampliado para diversos setores da economia mundial. A construção civil, responsável por uma parte importante dos empregos gerados e também das emissões de poluentes, tem buscado se adequar às necessidades.
Nesse contexto, alguns conceitos como green building e net zero tem se destacado.
O primeiro, o das edificações verdes, propõe a incorporação de soluções ecologicamente corretas e a incorporação nos projetos de alternativas verdes. Sim, é uma proposta para deixar um prédio mais verde, com mais plantas.
O segundo, por sua vez, dialoga muito com as propostas de uma construção mais verde e destaca a necessidade de reorganizar a construção civil para que seja uma economia com zero emissões.
Net zero e neutralidade de carbono, ainda que muito parecidos em seus princípios, propõem ao fim mudanças diferentes. Ser neutro é não emitir diretamente carbono na atmosfera. Net zero, meta mais difícil para alguns especialistas, envolve também zerar as emissões indiretas.
Pensando em novos caminhos para os projetos arquitetônicos, reunimos algumas propostas que já são aplicadas e podem ser mais valorizadas.
1. Arquitetura bioclimática
É a arquitetura que considera no momento do projeto as características climáticas do lugar da construção.
Sua proposta é aproveitar ao máximo a incidência de luz solar, a circulação de ventos e as temperaturas médias.
Também é parte dessa proposta o uso de materiais que não produzem emissões de carbono na atmosfera.
2. Eficiência energética
Uma forma de pensar a arquitetura bioclimática é a busca por soluções nos projetos que aumentem a eficiência energética.
Isso se dá pela escolha de equipamentos que consumam menos energia.
As famosas lâmpadas LEDs são um exemplo presentes em residências e prédios comerciais. Nestes, a escolha de elevadores e escadas rolantes com gasto energético reduzido é uma solução já implementada por arquitetos de todo o mundo.
3. Energia renovável
Não basta apenas reduzir o gasto de energia. É preciso pensar em fontes alternativas.
O esforço para mudar a matriz energética dos países tem sido grande. Em alguns, por exemplo, a tendência é passar de uma fonte fóssil (petróleo e gás) para uma renovável nos próximos anos.
A esse esforço soma-se, inclusive, a popularização de carros elétricos.
Na arquitetura, é possível pensar em projetos que contemplem a instalação de geradores limpos de eletricidade.
Placas fotovoltaicas utilizadas não somente para o aquecimento, mas também para alimentar os equipamentos elétricos; instalação de turbinas eólicas; geradores com uso de bicombustível.
Enfim, são soluções que estão disponíveis no mercado e que precisam ser incentivadas como medidas recorrentes. Inclusive, é importante considerar a regulação do mercado de energia elétrica para situações em que residências se transformam em produtores de energia.
4. Isolamento térmico
Outro ponto importante a ser observado é o do revestimento das construções. Considerando que a arquitetura em si busca construir abrigos, lugares que nos acolham e nos ofereçam conforto, é importante pensar nossa relação com os materiais utilizados no revestimento de casas e prédios.
Aqui o essencial é pensar em soluções que reduzam a perda de calor ou facilitem sua entrada quando necessário.
É uma ideia que está relacionada e faz parte da arquitetura bioclimática, que combinada com o aumento da eficiência energética garante a redução de emissões diretas e indiretas.
5. Considerar o carbono na cadeia
Repensar os revestimentos, as fontes e o gasto de energia. Até aqui tudo parece tranquilo e fácil.
O último ponto a ser destacado é a necessidade constante de observar como a cadeia produtiva está se comportando em relação às emissões.
Por isso é importante estabelecer alguns mecanismos regulatórios que auxiliem, por exemplo, na escolha de materiais certificados e com atestados de emissões zero.
Vale lembrar: uma casa sozinha não faz uma cidade – parafraseando a expressão andorinha sozinha não faz verão.
Conheça as soluções para mobilidade vertical da Engetax Elevadores, que contribuem para a redução do gasto energético e para a virada verde que estamos vivendo! Entre em contato
Deixar um comentário