Novembro de 2022: atingimos 8 bilhões de pessoas compartilhando o planeta. São necessárias ações para garantir que a vida dessa população tenha qualidade.

Estima-se que, no dia 15 de novembro de 2022, a população mundial atingiu o impressionante número de 8 bilhões de pessoas. Incrível, não é mesmo? De acordo com a Organização das Nações Unidas, esse é um marco histórico, que representa uma celebração da longevidade humana, uma vez que, graças à tecnologia e aos avanços da medicina, estamos vivendo mais.

Contudo, atingir um número populacional como esse traz também preocupações em relação a como estamos vivendo. A desigualdade, o acesso limitado à comida e outros bens essenciais e a crise ambiental são preocupações reais e urgentes, que requerem ações imediatas por parte da sociedade.

De acordo com relatório publicado pela World Population Prospect, a população global tem crescido de forma bastante devagar, com números similares aos da década de 1950, quando esse crescimento também aconteceu de modo mais contido. Estima-se, ainda, que essa desaceleração deva persistir continuamente durante a segunda metade deste século.

Mais da metade da população mundial vive em cidades grandes, e esse número deve crescer ainda mais – a ONU espera um crescimento de 68% nesse indicativo até 2050 –, o que representa um desafio para a qualidade de vida das pessoas. Isso porque a urbanização acelerada pode gerar grandes riscos, como o crescimento da desigualdade, a pobreza, a exclusão social e a poluição. É nesse contexto que uma agenda responsável e equilibrada, focada na inclusão e na sustentabilidade, se torna crucial.

Sendo assim, conforme mais e mais cidades crescem exponencialmente, atingindo recordes populacionais, crescem também os riscos e os desafios associados a essa movimentação para as áreas urbanas. Vejamos então algumas ações necessárias para conter esses problemas.

A urgência por habitações acessíveis

A urbanização pode impactar positivamente a qualidade de vida das pessoas que vivem em uma determinada áreas, mas isso depende de alguns fatores, como políticas públicas para garantir o acesso dos habitantes a uma infraestrutura de qualidade e serviços sociais para todos. Isso se torna ainda mais imprescindível quando se trata das parcelas da população que são mais vulneráveis.

Uma das questões mais urgentes tem a ver com moradia. Um relatório da ONU mostra que um em cada quatro residentes de cidades grandes vive em situações consideradas precárias, em assentamentos informais ou localidades mais pobres, o que mostra que a urbanização está ultrapassando a construção de moradias acessíveis e de qualidade para essas pessoas.

Também devemos considerar que, cada vez mais, as pessoas estão passando a viver em prédios de apartamentos e condomínios. Existe uma preocupação ambiental nesses locais, uma vez que a infraestrutura, por vezes, acaba utilizando muita energia, por exemplo. Pensar em maneiras de mitigar esse gasto é uma forma de pensar em habitações mais ambientalmente conscientes.

Elevadores em prédios são conhecidos pelo gasto alto de energia elétrica. Como poderíamos reverter isso? Tome como o exemplo o elevador sustentável da Engetax, capaz de reduzir em até 50% o consumo de energia. O elevador sustentável é feito com materiais mais leves, mais resistentes, tem iluminação de baixo consumo e funciona à base de energia gerada por painéis solares. Assim, a opção por alternativas sustentáveis contribui para o desenvolvimento de áreas com menos desperdício de energia, sendo uma estratégia para que o crescimento da infraestrutura urbana de qualidade consiga acompanhar o aumento do número populacional.

A consequência desse “progresso desenfreado” é uma infraestrutura urbana sobrecarregada, incapaz de dar conta de todas as necessidades da população, o que afeta diversos aspectos da vida em sociedade, como a coleta de lixo, os sistemas hídricos e de saneamento, as estradas e o transporte etc.

Assim, faz-se necessário que olhemos com cuidado para a questão da moradia nas cidades.

Acesso ao transporte público

O acesso ao transporte público representa um aspecto muito importante de um processo de urbanização saudável, potencializando a inclusão social e o crescimento econômico. Basicamente, o transporte público é capaz de conectar as pessoas a todos os serviços básicos de saúde, educação e trabalho.

Além disso, o transporte público também pode ser um aliado na luta contra a mudança climática, já que mais pessoas utilizando serviços de transporte público representam menos pessoas em carros nas estradas e ruas.

A ONU mostra que o acesso aos transporte público tem crescido mundialmente; contudo, é preciso que esse crescimento aconteça mais rapidamente para dar conta de acompanhar o aumento populacional. É também necessário que a maior parte da atenção seja voltada para garantir a acessibilidade das populações mais vulneráveis, como as mulheres, as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência.

Espaços públicos ao ar livre

Espaços públicos têm um papel essencial na estrutura das cidades e, quando são adequados e há um número suficiente deles, ajudam a combater a desigualdade e a segregação. Sabe-se que investimentos no setor dos espaços públicos ajuda a aumentar a produtividade das cidades, o acesso ao mercado de trabalho e aos serviços públicos.

Mais especificamente, os espaços públicos verdes e ao livre não só contribuem para uma paisagem e estética agradáveis, como também ajudam na manutenção de uma vida saudável para a população, diminuindo a concentração de calor nas áreas urbanas, melhorando a qualidade do ar e incentivando atividades físicas ao ar livre.